Com um planeamento e estratégia adequados, viver dos rendimentos dos mercados pode ser uma realidade, mesmo em Portugal. Descubra como!
A independência financeira é um objetivo almejado por muitas pessoas, especialmente durante as férias, quando o pensamento de viver de rendimentos passivos e não depender exclusivamente do trabalho se torna ainda mais atraente. Embora seja um desafio que exija esforço e foco, alcançar a independência financeira é totalmente possível.
Em termos práticos, a independência financeira consiste em conquistar fontes de rendimento passivo que possam cobrir as despesas de vida ao longo do ano. Por exemplo, se uma família necessita de 1 500€ mensais para fazer face a todas as suas despesas, então o objetivo mínimo é garantir rendimentos anuais de 18 000€.
É importante compreender que atingir a independência financeira não é uma tarefa que acontece de um dia para o outro. Trata-se de um processo que exige planeamento, muita disciplina financeira e uma rotina prolongada de poupança e investimento.
Na procura da independência financeira é extremamente importante conseguir uma taxa de poupança substancial e regular ao longo dos anos. Só desta forma é possível acumular património financeiro suficiente para conseguir gerar um retorno substancial. Certamente já terá ouvido a expressão “dinheiro gera dinheiro” e, neste contexto, esta não poderia ser mais verdadeira. O poder dos juros compostos aplicados a uma poupança regular, podem fazer crescer a sua poupança de uma forma significativa.
Se atualmente a sua capacidade de poupança é muito baixa, então é por aqui que necessita começar! O primeiro passo é identificar as causas e depois procurar soluções. Se o seu rendimento é demasiado baixo para poupar, talvez necessite de procurar um emprego mais bem remunerado, valorizar-se com um curso ou aprender novas competências de forma a que possa aumentar o seu rendimento mensal. Por outro lado, se tem dificuldades em poupar devido ao volume de despesas elevado, necessita adotar estratégias que lhe permitam diminuir os gastos mensais. Fazer um registo rigoroso dos mesmos pode ser um excelente primeiro passo para identificar oportunidades de poupança. Outra estratégia frequentemente utilizada é a de encarar a poupança como um encargo antes de todos os outros. Por exemplo logo que recebe o ordenado, retirar um determinado montante para uma conta poupança, antes de fazer o pagamento das restantes despesas. Trata-se de “pagar-se a si próprio primeiro”.
Nas comunidades relacionadas com independência financeira esta é uma das questões mais frequentemente debatida. A verdade é que não existe um valor que seja adequado a todas as situações. No entanto existe uma regra geral frequentemente referida que consiste em multiplicar por 25 o montante das suas despesas anuais. Este cálculo considera que levantará 4% das suas poupanças por ano com vista a suportar as despesas inerentes ao seu custo de vida.
Se voltarmos ao exemplo referido em cima, teríamos então 18 000€ (despesas anuais) x 25 = 450 000€. De referir que este valor poderá necessitar de ser ajustado ao longo do tempo, caso as suas despesas anuais sofram um aumento ou diminuição. A inflação, por exemplo, poderá ser responsável por uma variação no seu custo de vida.
Através deste simples cálculo é possível perceber que quanto menor for o seu custo de vida, menor será a estimativa do montante necessário. Por isso mesmo existem algumas estratégias para reduzir esse valor como por exemplo, mudar-se para uma região com um custo de vida mais baixo. Na tabela abaixo é possível consultar as estimativas de montante necessário para atingir a independência financeira.
Para que o seu património financeiro possa gerar os rendimentos de que necessita torna-se importante investir em soluções rentáveis que proporcionem o maior rendimento possível, dentro do seu perfil de risco.
Deixar dinheiro parado em produtos de rendimento nulo ou muito baixo são o seu maior inimigo! No gráfico abaixo podemos ver a diferença entre investir com uma rentabilidade média anual de 1% e de 3% e 5%. Podemos concluir que ao longo dos anos a diferença se torna cada vez maior pelo que se percebe a importância de escolher cuidadosamente em que soluções investir as poupanças.
Neste contexto produtos de capital garantido tendencialmente serão insuficientes se o seu objetivo for obter o maior rendimento possível das suas poupanças. O risco nos investimentos encontra-se diretamente relacionado com a expetativa de rentabilidade, pelo que, produtos de baixo risco terão tendência a proporcionar rendimentos abaixo de outras soluções com um nível de risco mais elevado (com exposição a ações).
Para investimentos a longo prazo, o mercado acionista tem proporcionado nas últimas décadas retornos substanciais. Se por um lado existem anos de rentabilidades negativas, os anos positivos têm compensado largamente estes períodos temporários de desvalorizações. Ao expor as nossas poupanças ao mercado acionista não temos capital garantido, mas por outro lado, poderemos beneficiar de um potencial de valorização superior.
Ao contrário do que muitas pessoas pensam, para investir no mercado acionista não necessita de ser um profissional nem despender tempo a analisar empresas. Através de fundos de investimento é possível conseguir uma exposição global e diversificada ao mercado acionista, sem esforço. Uma equipa de gestão profissional estará a acompanhar os mercados em permanência, tomando as decisões de investimento que considerar mais adequadas de acordo com a política de investimento do fundo. Assim, usufrui do conhecimento de profissionais e as suas poupanças podem beneficiar dos retornos do mercado acionista. Para além disso, os fundos de investimento/PPRs nacionais são auditados e supervisionados, conferindo-lhes elevada robustez e segurança.
Atingir a independência financeira é um processo que exige foco, disciplina e necessita de tempo. No entanto com as decisões certas é possível atingi-la. Para isso necessita de trabalhar predominantemente duas áreas: poupança e investimento. A poupança é essencial para que possa juntar um património financeiro substancial. Para isso necessita de adotar um estilo de vida abaixo das suas possibilidades para que a sua taxa de poupança seja elevada. A outra vertente é o investimento uma vez que poupar apenas não é suficiente. Necessita de colocar o poder dos juros compostos a trabalhar para si, investindo em produtos com uma rentabilidade esperada elevada, de acordo com o seu perfil de investidor. Não adie e comece o mais cedo possível a poupar e investir!