No início de Agosto de 2024 presenciámos uma queda no mercado acionista de dimensão não vista recentemente, o que apressou alguns meios de comunicação social a apelidar de “segunda-feira negra”. Estes acontecimentos despertam habitualmente preocupações junto dos investidores. Devo vender? resgatar? Será que vai descer mais? Vai recuperar? Devo comprar? reforçar? Conheça as respostas neste artigo para esta e outras situações semelhantes futuras.
O valor de ativos como ações e obrigações sofre oscilações constantes ao longo do tempo no seguimento de um conjunto vasto de fatores tais como conflitos geopolíticos, decisões dos bancos centrais, a vida das empresas e dos países, indicadores económicos, decisões políticas, entre outros. Estes aspetos tanto podem causar uma valorização positiva como negativa e de maior ou menor amplitude consoante a natureza do ativo e do motivo em causa.
Tendencialmente as ações reagem de forma mais expressiva aos acontecimentos do que as obrigações, por isso se refere habitualmente que a primeira classe de ativos tem mais volatilidade do que a segunda. A volatilidade consiste na intensidade e frequência das variações nos preços ao longo do tempo.
Em termos de ações, estas tendem a reagir de forma mais acentuada aos acontecimentos, mas por outro lado, tendem a proporcionar maiores retornos a longo prazo. Em baixo podemos ver em perspetiva algumas das maiores quedas registadas nos últimos anos no mercado acionista e a sua relevância a longo prazo, tomando como exemplo o índice SP 500 que reúne as 500 maiores empresas americanas.
Podemos constatar que apesar dos períodos de desvalorização acontecerem pontualmente, existe uma clara tendência de valorização ao longo dos anos, o que faz com que essas quedas acabem por perder relevância. Tendo este facto em conta, qual a melhor estratégia de investimento?
Para os investidores não profissionais poderem maximizar as probabilidades de sucesso nos mercados financeiros é imprescindível adoptar um horizonte de investimento de longo prazo. Dados históricos demonstram que quanto mais tempo estiver investido no mercado, maiores são as probabilidades de obter um retorno positivo.
O gráfico acima demonstra, à medida que se aumenta o horizonte temporal de investimento, que a probabilidade de um retorno positivo cresce substancialmente uma vez que o efeito tempo tende a reduzir os momentos de maior ansiedade. . Este é um dos pilares do sucesso da estratégia "Buy & Hold” que consiste em “comprar e manter” os investimentos por períodos alargados de tempo. A ideia base é o investidor abstrair-se dos ruídos diários fruto das notícias e acontecimentos que influenciam os mercados, mas focar-se no longo prazo, que é onde vai conseguir maior rentabilidade.
O gráfico acima deixa-nos ainda outra reflexão importante: No intervalo de tempo considerado no estudo, não houve nenhum período de 20 anos onde um investidor tenha perdido dinheiro no S&P 500! Mesmo que tivesse investido e resgatado o investimento nos piores momentos possíveis!
Os momentos das decisões de investimento são um aspeto a que os investidores atribuem, frequentemente, muita importância. Estamos num bom momento para investir? As ações vão subir este ano? Estas são perguntas frequentes nas redes sociais e nos fóruns de mercados, mas dados históricos demonstram que, dada a extraordinária dificuldade do investidor não profissional escolher os melhores momentos para investir, é preferível investir de forma regular. A estratégia denominada Dollar Cost Averaging (DCA) consiste precisamente em investir um montante fixo regularmente, conseguindo desta forma também disciplinar a poupança e permitindo juntar um património financeiro que vai crescendo de forma sustentada ao longo do tempo.
Concluído que um largo horizonte temporal de investimento e um reforço regular são a melhor estratégia para investir nos mercados financeiros, importa pensar como começar! A tendência de valorização de longo prazo e de recuperação habitual das perdas que vimos aplica-se a todas as ações? Não! Então como escolher as melhores ações para investir? Como implementar a estratégia DCA?
Encontrar as melhores ações para investir é uma tarefa que exige estudo, conhecimento, experiência de mercados e um acompanhamento permanente. É necessário conhecer as áreas de negócio, as perspetivas, as contas da empresa, entre muitos outros fatores. Mas não desmoralize.
A boa notícia é que existem soluções de investimento que permitem investir de forma global em diversificada no mercado acionista, eliminando a necessidade de ter de escolher em que ações investir. Os fundos de investimento são cabazes de ações cuidadosamente selecionadas por uma equipa de gestão profissional que acompanha em permanência os mercados e vai fazendo os ajustes que considera necessários em função dos acontecimentos. Assim, o investidor particular não necessita de estudar e selecionar empresas para investir, pode investir de uma vez num leque alargado e ainda com a vantagem de não necessitar de um volume elevado de capital.
O Global Flexible Fund da Optimize, por exemplo, permite uma exposição abrangente e acessível ao mercado acionista. Com apenas uma subscrição, fica com exposição às empresas com mais potencial do planeta, em diferentes setores e geografias.
Em baixo um retrato da composição atual da carteira deste fundo de investimento, distinguido pela Morningstar e APFIPP/Jornal de Negócios.
Conforme se pode constatar, um investimento no Global Flexible Fund permite uma exposição diversificada e abrangente ao mercado acionista. Existe uma diversificação substancial a nível geográfico e em termos de sectores de atividade. Mas não é esta a única opção. No caso da Optimize, as opções para conseguir uma exposição global e diversificada ao mercado acionista não se ficam pelos fundos de investimento. Os planos poupança reforma (PPR) sob a forma de fundo, são outra forma acessível de beneficiar dos retornos dos mercados financeiros, sem necessitar de estudar e escolher ações específicas e acompanhar em permanência os mercados.
Definidos os veículos de investimento a utilizar é importante criar uma rotina de poupança e investimento regular, implementando a estratégia DCA. Na Optimize isso pode ser facilmente conseguido através da constituição de um plano de investimento, no qual é possível definir uma regularidade (por exemplo mensal), estipular um montante a investir e as soluções a subscrever e o investimento é realizado de forma automática, utilizando débito direto na sua conta bancária.
As subidas e descidas nos mercados financeiros são normais e historicamente o balanço é bastante positivo sempre que se adota um horizonte longo de investimento. Ainda que no calor dos acontecimentos se pense frequentemente que “desta vez é diferente", a verdade é que os mercados vão valorizando e recuperando das quedas. Com isto em mente é importante que os investidores tenham um largo horizonte temporal de investimento, invistam de forma global e diversificada e evitem a tentação de tentar escolher os melhores momentos para investir. Fazer investimentos de forma regular possibilita uma maior probabilidade de sucesso a longo prazo e potencia a disciplina da poupança que é um fator imprescindível para que o património financeiro vá crescendo de forma sustentável!